Caminhando, meio curvado devido a idade, oitanta e nove não é fácil, com a mão esquerda meio tremula, seguia seu caminho. Na estrada ele sempre lembra da mulher, muito linda mas um demônio batia nele, o traia, engravidava dos outros, ela não permitia que ele a tocasse, ele cuidou de cada um dos filhos alheios, amava a todos como se fossem todos seus. Ela não queria saber de criança, apeas fazer, isso ela adorava, chegava ao ponto de levar homens para casa deles só para ele saber que ela estava com outro.
Não trabalhava passava dias na casa de homens e em bares e ele dia e noite sem descanaso, tinha que sustentar a mulher e as crianças. Quando podia ela roubava o diheiro do esposo para comprar roupas provocantes, todos os filhos cresceram, e odiavam a mãe, adoram o pai, até hoje ligam, sempre querem saber como ele está, mandam dinheiro.
O velho senhor não casou de novo, por medo de ter outra mulher igual ou pior àquela que está morta, ele nem sequer namorou de novo, morreu não, mataram, ela devia muito para agiotas e esses não dão perdão.
Chegando no cemitério, com dificuldade levanta a cabeça, da um enorme sorriso, na maior alegria vai até o túmulo da mulher, deixa as rosas, volta para casa, sabendo que ela odiava rosas, aida mais as vermelhas, e não pode fazer nada contra ele.
Escrito por Uriel dos Santos Souza
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